quinta-feira, 23 de abril de 2009


Último Suspiro


As tempestades de desejos entram em meu quarto essa noite,
Calejo para não entrar nessa sintonia.
Dúvidas passageiras passam pela minha mente,
Pouco antes que eu adormeça.
Mais essa noite quero viajar para um lugar onde ninguém foi,
Apartar minha delicada solidão, sem que me fira ainda mais.
A viagem pelo desconhecido sempre é algo inóspito,
O medo é presente de Deus, o freio perdido entre os homens.
A esperança que nasce, morre ao encontro do desespero,
Que corta minha alma como seda áspera.
Espero minhas lições, e com minhas preces, afago meu ser,
Afogando no mar da decepção e da dor, a verdade em meu espelho,
Oh! alma viajante, sempre circulando entre meus conceitos,
Que ao longo do tempo, formam reflexões vazias, com desejos desprezíveis.
A tempestade amarra minha liberdade, minha ligação com o meu céu.
Mas agora quero fazer parte das intrigas, me inspirando em pontos brancos e reluzentes que vejo chegar, esses últimos minutos que respiro me darão o alivio de achar minhas prisões. A liberdade faz com que lágrimas toquem o chão como a chuva beijão o solo, alimentando assim o vazio de minha alma e adormecendo minhas chagas cortadas, em meu último suspiro.

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